Misto-Quente é a autobiografia de Charles Bukowski. O escritor descreve sua infância, as surras que levara de seu pai, desde seus 7 anos, a vergonha que sentia de sua própria imagem quando adolescente, devido a inúmeras espinhas e furúnculos por todo corpo, sua dificuldade em se relacionar tanto com as meninas quanto com os amigos da escola e as diversas encrencas que se metia. O livro apesar de narrar a infância triste e pobre de Chinasky junto a seus pais, de origem Alemã, nos Estados Unidos na pós recessão de 1929, também conta com passagens engraçadíssimas. Uma delas mostra a tara que possuía por uma de suas professoras, a ponto de tocar uma bronha no meio da aula, no fundo da sala em sua homenagem, kkkk.
Juro que quando li isso me mijei de rir e fiquei imaginando a loucura do episódio. Bukowski era um poeta do povo, dos despossuídos, dos fracassados, dos que nunca foram campeões de porra nenhuma. O escritor apesar de beber pra caramba só começou a ter problemas de saúde com 68 anos, em 1988, quando adquiriu Tuberculose e em 1993 descobriu que tinha leucemia, doença que o levou a morte em 1994. O escritor escreveu diversos livros como ''Mulheres'', ''O amor é um cão do diabo'',
''Factótum'', ''O Capitão Saiu para o Almoço e os Marinheiros Tomaram Conta do Navio'',
''Notas de um Velho Safado'',''Pulp'', entre outros. Vários filmes e documentários foram feitos sobre o velho safado. Um deles gerou até um pouco de insatisfação em Bukowski, o Barfly, do diretor Barbet Schroeder, de 1987, com Faye Dunaway e Mickey Rourke, interpretando Chinasky.
Bukowski achou a atuação de Rourke forçada e exagerada e conta que odiou a franjinha caída no rosto usada pelo ator durante as filmagens, algo que alegou nunca ter tido. Em outras palavras, achou uma baita exibição e viadagem do ator.
Outro filme conhecido sobre Hank é o Factotum, do diretor Bent Hamer, de 2005, com Matt Dillon interpretando Chinansky. Apesar da votação popular do IMDB ter dado uma nota maior para o Barfly (7,3), acho o Factotum (6,5) um filme muito mais bacana. Ai vai do gosto de cada um.
O documentário de 2003, ''Born into this'' do diretor John Dullaghan, esse sim, é brilhante.
Então é isso galera, aproveitem as loucuras desse velho safado ou por seus livros, pelos filmes que contam sua vida ou através do Doc.
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