A animação "Paths of Hate", de aproximadamente 10 minutos, do diretor e animador em 3D Damian Nenow é um dos melhores curtas animados que tive o privilégio de assistir até hoje.
O realismo dos frames é algo espetacular, impossível não ficar de boca aberta e queixo caído.
"Paths Of Hate" é um conto curto de animais que estão adormecidos no fundo da alma humana empurrados para o abismo do ódio cego e da raiva. Abismo que leva à inevitável destruição e aniquilação.
O curta é um projeto audiovisual em seu sentido mais verdadeiro.
Nenow cria seus filmes desde o início, assumindo que a música e algo fundamental, mas nessa animação foi uma surpresa até mesmo para o artista, revelou Damian Nenow.
O documentário feito por Werner Herzog, em 2005, foi classificado como um dos 15 melhores documentários da primeira década, ocupando a segunda posição do ranking.
Herzog fez um retrato profundo da alma de Timothy Treadwell, um homem que largou tudo rumo ao Alasca para viver com os ursos e acabou sendo morto por um deles.
Por um lado, Treadwell foi egoísta e um narcisista clássico.
A única coisa que importava era ele mesmo, e é lamentável que durante suas duas últimas viagens ao deserto ele tenha levado sua namorada, pois também foi morta pelo mesmo urso.
Como um viciado e ex-ator fracassado, Treadwell tinha pouco para viver e decidiu que, de alguma forma, sair com os ursos pardos era a coisa certa a se fazer.
Além disso, para um homem que amava os ursos, tanto quanto ele dizia, acabou fazendo uma grande cagada, pois o urso que o matou foi baleado por aqueles que procuravam por seu corpo e de sua namorada.
É difícil desfrutar de um documentário sobre um homem que é tão auto-centrado e ao mesmo tempo completamente fora da realidade, um homem que diz amar os ursos grizzly mas mostra uma completa ignorância por invadir o seu habitat.
O filme conta com dezenas de horas resgatadas da câmera de Treadwell.
Filme clássico do diretor sueco Ingmar Bergman de 1978.
O filme trata do relacionamento entre uma mãe pianista bem sucedida (Charlotte Andergast) e sua filha (Eva), emocionalmente fragilizada. Essa mãe sempre foi relapsa na criação de sua filha que, quando adulta, decide fazer um acerto de contas com sua genitora. Charlotte Andergast acaba de perder Leonardo, o homem com quem vivia há muitos anos. A sua morte abate-a, deixando-a num estado de solidão e perturbação. A filha Eva, que está casada há alguns anos com um clérigo e vive numa pequena cidade da Noruega, pede à mãe para visitá-la.
Durante alguns dias, as duas mulheres confrontam-se.
Umas vezes sentem repulsa pela outra, outras vezes procuram a sua companhia. Mas o encontro será crucial para o futuro de ambas. O que está em foco na sua relação é obrigatoriamente o amor: a presença e a ausência do amor, o desejo do amor, as mentiras do amor, o amor deformado, e o amor como a nossa única esperança para sobreviver.
Excelente disco da banda brasiliense formada em 1984 por Rodrigo Leitão (vocal), José "Zezinho" Flores (guitarra), Neto Pavanelli (baixo) e Ronaldo Pereira (bateria).
Com essa formação a banda participou da coletânea "Rumores", lançada pelo Sebo do Disco em 1985, com duas canções: Van Gogh e Ética.
O som da banda era bem diferente das demais de Brasilia, era mais dançante e swingado.
A banda foi super bem recebida depois da gravação da coletânea de 1985 e Isnaldo, dono da Sebo do Disco, e idealizador da "Rumores" (1985), contratou o grupo em 1986 para gravaram um EP, já sem o vocalista Rodrigo Leitão, que fora substituído por Eduardo Moraes.
O EP saiu com 6 músicas: Armadilha, A queda, Máquinas do prazer, Mentiras, Atrás das grades e Pretérito.
A banda melhorou, e muito, sua qualidade de 1985 para 1986, seguindo uma linha mais swingada e funkeada, graças a base feita por Ronaldo e Neto, pelos timbres perfeitos de Zezinho e pelo excelente vocal de Eduardo Moraes.
Assim como a coletânea "Rumores", de 1985, esse EP saiu com apenas 2000 cópias e hoje virou disco de colecionador, extremamente raro.
Depois do sucesso desse EP, devido ao Hit "Armadilha", a banda assinou contrato com a EMI e lançou seu primeiro álbum em 1987, agora com 10 faixas: Deus ateu, Vícios, Chiclete, Mentiras, A última do lado A, Ask the dust, Deserto, Armadilha, Máquinas e Círculos.
Em 89, Neto e Zezinho saíram da banda, dando lugar a Roberto Medeiros (baixo), Mc Gregor (guitarra e teclados) e César Nine (guitarra).
Em 90 o grupo se desfez, voltando a se reunir apenas em 98, para shows no Rio e Brasília.
Em 2002, a banda se reuniu novamente e partiram para a gravação desse brilhante álbum ao vivo, realizado em Brasilia e lançado pela Groove Records.
Em abril de 2005, a convite da produtora GRV (organizadora da Feira de Música Independente), os integrantes das duas primeiras formações se reuniram para um show histórico, em comemoração aos 20 anos de lançamento da coletânea Rumores, na Sala Martins Penna do Teatro Nacional, em Brasília, com lotação esgotada uma semana antes da apresentação, transmitida ao vivo pelas rádios Cultura FM e Nacional FM, dentro da programação da FMI.
A repercussão deste show, por parte de crítica e público, levou a banda a desenvolver o projeto de um DVD, reunindo os integrantes de todas as formações e artistas convidados.