Tudo começou em 1997, na cidade de Arcoverde, Pernambuco, a partir de um grupo de teatro e seu espetáculo "Cordel do Fogo Encantado".
O grupo teatral era formado por Lirinha, Clayton Barros,Alberone, José Paes de Lira e Emerson Calado.
Posteriormente entraram os percussionistas Nego Henrique e Rafa Almeida, oriundos de Recife.
No carnaval de 1999 o grupo se apresentou no festival Rec-Beat tomando mais formato de banda, mas sempre com o lado teatral extremamente presente.
A proposta do Cordel sempre foi enfatizar a cultura popular e folclórica do sertão brasileiro com pitadas de embolada, samba de coco, do toré indígena oriundo da tribo Xucuru, o reisado, das poesias de Inácio da Catingueira, Manoel Filó, Chico Pedrosa, Zé da Luz e Manoel Chadu tudo atrelado ao lado cênico-musical do grupo.
A banda lançou seu primeiro CD em 2001 intitulado "Cordel do Fogo Encantado" com produção do brilhante percussionista Naná Vasconcelos.
O segundo CD "O Palhaço do circo sem futuro" saiu em 2002 e o terceiro "Transfiguração" em 2006.
O show "Cordel do Fogo Encantado - MTV Apresenta" de 2005 foi produzido por Carlos Eduardo Miranda e Gustavo Lenza e mixado por Scotty Hard.
O grupo infelizmente acabou em 2010 com a saída do vocalista e compositor Lirinha. Não consegui um torrent na rede para o show ser baixado, logo postei o mesmo direto pelo you tube e completo.
O extraordinário documentário dirigido por Emilio Gallo com participação da atriz Dira Paes e roteiro de Luciana Lopes relata as sentenças de morte dos fazendeiros e seus capangas contra os pequenos produtores rurais na região de Rio Maria, sul do Pará.
A luta pela terra se arrasta por mais de 30 anos numa ocupação latifundiária totalmente arbitrária por meio das famosas Grilagens. Fazendeiros com mais de 1000 hectares de terra não têm sequer a escritura de 100 hectares de terra e se acham no direito de matar pequenos lavradores que lutam por um quinhão desse metro quadrado para seu plantio familiar.
Numa constante briga entre os "fazendeiros" e os pequenos posseiros da região, os "xerifes" da cidade de Rio Maria elaboraram a lista pública da morte composta por 14 nomes.
Para tais latifundiários, com diversos hectares de terras improdutivas, os pequenos agricultores não passavam de mais uma cabeça de gado pronta pro abate e quem fosse contrário a suas posições morria. Na verdade muitas execuções saiam mais baratas que uma boa cabeça de gado pois o valor da morte variava entre 30 a 50 mil reais. Tiramos tal conclusão se levarmos em conta que em leilão de gado tem animais que custam mais que 50 mil.
Graças a postura de Frei Henri e do Padre Ricardo em defesa dos pequenos produtores diversos foram poupados da execução.
Na lista estavam os irmãos Canuto, Belchior, Expedito Ribeiro de Souza e vários outros. Foram mais de 400 mortos na região de Rio Maria.
O filme pode ser visto em partes pelo You Tube ou baixado inteiro por aqui. Abaixo a primeira parte como trailler.
O filme da diretora italiana Daniele Vicari, que também assina o roteiro junto a Laura Paolucci, Alessandro Bandinelli e Emanuele Scaringi, relata a vergonhosa e covarde atuação policial contra os participantes e ativistas do Fórum Social de Gênova, Itália, durante o encontro do G8 entre os dias 20 a 22 de junho de 2001. O clima já estava tenso entre os ativistas e a polícia no primeiro dia da reunião do G8 e uma simples garrafa lançada no carro da polícia foi o motivo que o sistema quis para a invasão da escola no último dia do encontro. A coisa mais bizarra é que a justificativa usada pela polícia era que o local era o QG dos Black Blocks, fato totalmente irreal. O ginásio da escola serviu como alojamento dos participantes vindos de diferentes países e devidamente cadastrados. Poderia ter algum Black Block infiltrado junto aos demais? Sim, mas nada justifica tal barbárie. Sentido a imensa cagada que fizeram os policiais apresentaram, de forma forjada, duas garrafas de Molotov para "legitimar" seus atos de extrema selvageria e covardia.
Durante os dois dias de protesto, que contou com a participação de 300 mil pessoas, ocorreram 200 prisões, 1000 feridos e a morte do ativista Carlo Giuliani.
O resultado foi a transformação de um ginásio escolar numa piscina de sangue.
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