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Antes de assistir ao Kick-Ass, pela simples visualização do seu material gráfico, pensei vinte vezes em conferir esse filme. Imaginei que seria mais uma porcaria infantil de filminho de super-herói. Confesso que até os 15 minutos do filme fiquei meio cabreiro, achando o roteiro meio bobinho e que não curtiria muito a película. Então minha suspeita foi por terra após os 20 minutos, quando o filme começa a ficar bem agitado e extremamente engraçado. Filme bem divertido para o feriado.
O filme conta a história do adolescente comum Dave Lizewski (Aaron Johnson), um fã de revistas em quadrinhos que decide transformar sua obsessão em inspiração, tornando-se um super-herói na vida real. Como todo bom super-herói faz, ele escolhe um novo nome -- Kick Ass --, arruma um uniforme e uma máscara e começa a combater o crime. Só existe um único problema - Kick Ass não tem absolutamente nenhum super poder. Sua vida muda para sempre quando ele inspira uma sub-cultura de imitadores e conhece uma dupla de vigilantes malucos -- uma garota de 11 anos empunhando uma espada, chamada Hit Girl (Chloe Moretz) e seu pai, Big Daddy (Nicolas Cage) -- e cria uma amizade com outro super-herói iniciante, Red Mist (Chris Mintz-Plasse). Porém, graças aos esquemas de um chefe da máfia local, Frank´Dmico (Mark Strong), esta nova aliança é posta à prova.
Antes de comentar sobre esse livro, apresentarei um pouco do RUMI, para quem não conhece, e contarei uma breve história que me ocorreu.
Quem foi RUMI?
Jalal al-Din Muhammad Rumi, nasceu em 1207 na província persa de Balkh, na aldeia de Wakhsh, atualmente província de Khatlon, no Tadjiquistão. Viveu a maior parte de sua vida em Sultanato de Rum, onde escreveu diversos textos. Local este que hoje vem a ser a Turquia.
Rumi foi poeta, jurista e teólogo persa do século XIII. Faleceu em Konya e seu túmulo tornou-se um lugar de peregrinação. Após sua morte, seu filho e seus seguidores fundaram a Ordem Sufi Mawlawīyah, Rumi foi um importante poeta, seus textos pregam o amor, a prática do bem e a religiosidade. Tem como obra principal o MASNAVI, um dos trabalhos mais conhecidos e influentes tanto do sufismo quanto da literatura Persa. O Masnavi conta com seis livros de poemas compreendendo mais de 50.000 linhas, e considerado por muitos como o Alcorão persa. Rumi escreveu o livro com o total auxilio de seu mestre espiritual, Shams de Tabriz. Não existe a tradução completa dos livros no Brasil, e sim um resumo, um tanto meia boca, que saiu em 1992 pela Edições Dervish, atualmente fora de catálogo e bem difícil de ser comprado. Lembro que penei para conseguir.
Shams e Rumi permaneceram juntos até 1247, quando Shams
desapareceu (talvez assassinado por discípulos de Rumi, enciumados pela ascendência que ele exercia sobre seu mestre). Inconsolável, Rumi
escreveu Poemas Místicos, em homenagem a Shams, que é uma compilação de
poemas de "amor e de luto". Para Rumi, o amor que ele sentia por Shams
personificava o amor divino. Depois do desaparecimento de Shams, Rumi
criou a dança cósmica, o sama, praticada pela ordem sufi Mevlevi,
conhecida como a ordem dos dervixes rodopiadores. Sama é uma dança que se inspira no movimento dos astros. "Assim como todos os
corpos giram por amor ao sol, os dervixes também giram por amor ao
divino, que muitas vezes precisa de uma contrapartida humana, pois no
Islã o amor humano é símbolo e reflexo do amor divino".
Agora a breve história, kkk.
A vida é repleta de coincidências e essa breve história, conta uma dessas. Estava eu numa comunidade sobre a sétima arte em uma rede social, comentando sobre filmes iranianos e sobre a cultura árabe, quando conheço uma garota que sabia muuuuuuuito sobre esses assuntos. Logo fiquei interessado em aprender mais sobre os filmes, a literatura, as músicas, o idioma, e por ai vai. Começamos a trocar informações sobre a cultura do oriente, pelo MSN, e essa minha nova amiga me presenteou com várias dicas de filmes e livros que ainda não conhecia como:
"O silêncio", de 95, do Mohsen Makhmalbaf, "A Cor do Paraíso", do Majid Majidi e o livro Monsieur Ibrahim e as flores do Corão, do escritor Eric Emmanuel Schmitt.
Em certo momento, ela me perguntou, no MSN, se conhecia o poeta persa RUMI. Lembro que respondi que conhecia pouco e que tentava comprar o Masnavi, mas que não encontrava em lugar algum.
Uma das vezes que retornei a livraria com a esperança do Masnavi ter chegado, e mais uma vez frustrado, chego ao vendedor e pergunto:
- Você tem certeza que esse livro ainda é distribuído? Não é possível estou há mais de 2 meses esperando o livro chegar. Você pode dar uma ligada pra editora por favor?
Espero o vendedor voltar da ligação e recebo a noticia que já imaginava
- Foi mal campeão, tem razão, o livro saiu de catálogo e a editora não entrega mais. Só catando num sebo mesmo.
Como sabia que até achar o livro num sebo, efetuar a compra e tê-lo em minhas mãos iria demorar, algo que não queria, devido a fome que estava de ler as poesias do Rumi, volto então ao vendedor:
- Bem complicado arrumar algo do Rumi aqui no Brasil heim. Fora o Masnavi, não rola nada dele por aqui?
- Vou dar uma olhada
Vejo o vendedor vindo lá do fundo da loja, em minha direção, com um livro na mão. Pensei, beleza.
- Achei esse aqui.
Era o CANTO DA UNIDADE: Em torno da poética de RUMI. Pra mim, até então, escrito pelo Marco Lucchesi e Faustino Teixeira, como indicado na capa. O escritor e Teólogo Marco Lucchesi já tinha ouvido falar, e muito, apesar de, na época, ainda não ter lido nada do escritor. O Faustino Teixeira assumo que nunca tinha ouvido falar. Como minha sede de conhecimento era brutal comprei o livro e fui feliz da vida pra casa. Na mesma noite peguei meu novo brinquedo e comecei a atacá-lo.
Na noite seguinte, entro no MSN e encontro minha amiga virtual. Rapidamente comento a novidade.
- Oi, tudo bem?
- sim
- Tá impossível achar o Masnavi mas comprei um livro que parece ser bem legal, com uns poemas do RUMI, chamado o Canto da Unidade.
- Pensei em lhe enviar esse livro de presente pelo correio.
- Sério? Que coincidência, comprei o livro ontem.
- Eu ajudei a escrever esse livro, o texto "Filho do silêncio, mestre das palavras: a linguagem mística do silêncio em Rumi" (pg 132) é meu.
Quase cai pra trás, kkkk
Hoje agradeço muito tudo que aprendi da cultura persa a essa minha amiga, professora, escritora e gente finíssima Heliane Miscali. Valeu Lili!!!!!!!! "Assalamu alaikum wa rahmatullahi wa barakatuh".
O livro apresenta várias poesias lindas do Rumi e também um pouco de sua história, sua relação com seu mestre espiritual, Shams de Tabriz e muitas preciosidades desse poeta sufi. O livro é um trabalho minucioso de tradução dos textos originais, direto do persa, pelo teólogo Marco Lucchese.
"Vem. Conversemos através da alma.
Revelemos o que é secreto aos olhos e ouvidos. Sem exibir os dentes,
sorri comigo, como um botão de rosa. Entendamo-nos pelos pensamentos,
sem língua, sem lábios. Sem abrir a boca, contemo-nos todos os segredos
do mundo, como faria o intelecto divino. Fujamos dos incrédulos que só
são capazes de entender se escutam palavras e vêem rostos. Ninguém fala
para si mesmo em voz alta. Já que todos somos um, falemos desse outro
modo. Como podes dizer à tua mão: "toca", se todas as mãos são uma? Vem,
conversemos assim. Os pés e as mãos conhecem o desejo da alma. Fechemos
pois a boca e conversemos através da alma. Só a alma conhece o destino
de tudo, passo a passo. Vem, se te interessas, posso mostrar-te". Jalaluddin Rumi
On the Boards foi o segundo disco da banda Taste, liderada pelo excepcional guitarrista Rory Gallagher que em 71 abandonou o grupo para seguir carreira solo. Antes de sua saída gravou pelo Taste os seguintes álbuns
- Taste (69) ,
- On the Boards (70),
- Live Taste (71) ,
- Live at the isle of wight (71).
Rory Gallagher bebia mais que um gambá e infelizmente faleceu em 1995 num transplante de fígado. Álbum obrigatório para quem não conhece a banda e para os aficcionados por som de qualidade.
Este doc mostra a vida de crianças do bairro da Luz Vermelha, em Calcutá. O
aparente enriquecimento da Índia deixa de lados os menos favorecidos.
Porém, ainda há esperanças. Os documentaristas Zana Briski e Ross Kauffman procuram essas crianças e munido de câmeras fotográficas pede
para elas fazerem retratos de tudo que lhes chamam a atenção. Os
resultados são emocionantes E enquanto as crianças vão descobrindo essa
nova forma de expressar, os cineastas lutam para poder dar mais
esperança, para as quais a pobreza é a maior ameaça à realização dos
sonhos.