A idéia do Blog é disponibilizar a arte de forma plena e livre, com dicas de filmes, documentários, arte contemporânea, música, curtas ,artigos, literatura e outras manifestações artísticas.
Tudo pode ser baixado, basta que o leitor tenha o programa VUZE instalado, que pode ser encontrado em sites de downloads de programas. Para que o filme carregue a legenda automaticamente, tanto o arquivo do filme quanto da legenda (.srt) devem ter o mesmo nome.Importante deixar bem claro que todos os torrents de Download disponibilizados pelo CINE ROCK CLUBE já estavam disponíveis na rede, nenhum foi criado pelo Blog. O uso de qualquer material baixado não poderá ser usado para fins comerciais. O CINE ROCK CLUBE não se responsabiliza pelo uso final dado por seus leitores.

sábado, 10 de novembro de 2012

A arte de Lucian Freud

Sigmund Freud teve 6 filhos: Mathilde, Martin, Oliver, Ernst, Sophie e Anna. 
Lucian Freud foi um dos netos de Sigmund, fruto do casamento de seu filho Ernst Ludwig Freud, arquiteto, e de Lucie Brasch, que também tiveram mais outros dois filhos Clement Raphael Freud (escritor e político) e Stephan Gabriel Freud.

Sigmund fugindo do regime nazista buscou proteção no Reino Unido em 1933, tornando-se cidadão britânico em 39. Devido a tudo isso Lucian Freud iniciou sua caminhada pelo mundo da arte ao ingressar na Central School of Art em Londres, por um curto período e depois com mais ênfase na Cedric Morri’s East Anglian School of Painting and Drawing em Dedham e na Universidade Londrina de Goldsmiths (1942 a 1943).

Sua primeira exposição foi em 1944 na Lefevre Gallery, onde apresentou o "The Painter’s Room". De 1946 até 1949 suas pinturas eram carregadas de surrealismo, após 1950 iniciou sua pintura de retratos e começou a usar um impasto (técnica utilizada na pintura) mais espesso. Com o uso de tal técnica Lucian limpava seu pincel a cada pincelada. Os retratos apresentavam modelos nus sozinhos, em diferentes locais (cama, chão, cadeira...), ou ao lado de algo, como um cão feroz, de mulheres, ...

Freud foi um dos mais conhecidos artistas britânicos e recebeu o Prêmio Turner no ano de 1989.

Lucian não era parente e nem amigo do Mr. Catra - cantor de funk brasileiro que tem 21 filhos - mas de acordo com o jornal Sunday Telegraph de 1 de setembro de 2002, teria cerca de 40 filhos, reconhecendo todos quando adultos.

Durante maio de 2000 a dezembro de 2001, Freud pintou a Rainha Elizabeth II.

Lucian faleceu em 20 de julho de 2011 aos 88 anos.
























sexta-feira, 2 de novembro de 2012

DOC - Amazing Journey - The Story of The Who - 2007

Fico meio vendido ao comentar sobre esse documentário pelo fanatismo que sinto por essa banda, considero esse material algo realmente brilhante.
O filme com aproximadamente duas horas de duração descreve toda a trajetória do grupo desde o inicio da amizade de John Entwistle e Pete Townshend até as fatídicas mortes do genial baterista Keith Moon e do próprio John em 2002, aos 58 anos, antes da apresentação do The Who em Las Vegas.
O final do documentário chega a ser extremamente comovente com apenas dois integrantes da formação original Pete e Roger Daltrey e a eterna amizade entre os mesmos.
A morte de Keith era algo que todos esperavam, devido a suas loucuras intensas, mas a de John foi um choque para todos.
O bom disso tudo é sabermos que a música sempre une e reforça os laços, e essa dupla ainda trará muitas alegrias aos eternos fãs do The Who, assim como as imagens de Keith Monn e de John Entwistle estarão eternamente em nossas lembranças.
Material magnífico lançado em 2007 e obrigatório para os admiradores dessa banda excepcional.


quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Freddie King - The!!!! Beat - 1966

Brilhante material e extremamente raro, com uma hora de duração, dividido em duas partes, em que o mestre do Blues Freddie King se apresenta para o programa de TV "The Beat",em 1966 (40 minutos) e num show na Suécia (20 minutos), em 1973.
Devido a raridade desse registro os leitores e amantes do Blues terão que dispor de uma certa paciência para concluir o download, pois apenas uma pessoa disponibiliza o material na rede, mas posso garantir que vale muito a pena.

Set List dos 40 minutos iniciais (The Beat, 1966):
01-Funny Bone
02-Have You Ever Loved A Woman
03-San-Ho-Zay
04-I'm Tore Down
05-Hideaway
06-I Love The Woman
07-Papa's Got A Brand New Bag
08-See See Baby
09-Sitting On The Boatdock
10-Shuffle
11-She Put The Whammy On Me
12-San-Ho-Zay
13-Funny Bone
14-Hideaway

Set list dos 20 minutos finais (Show da Suecia, 1973):
01-Have You Ever Loved A Woman
02-Blues Band Shuffle
03-Big Leg Woman

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

CD do dia - The Doors - The Doors - 1967

Primeiro álbum do grupo lançado em 1967 e classificado na quadragésima segunda posição do ranking dos 500 melhores discos de todos os tempos da revista Rolling Stones.
Realmente esse material é uma obra-prima.

A banda surgiu da amizade de dois estudantes de cinema da UCLA, Jim Morrison e Ray Manzarek, em Venice Beach, Califórnia em 1965.
Morrison mencionou ao amigo que escrevia algumas coisas e a pedido de Manzarek, cantou "Moonlight Drive".
Impressionado, sugeriu a Morrison que formassem uma banda e os demais integrantes, Densmore e Robby Krieger, foram sendo convidados no decorrer do processo. 

O nome do grupo foi escolhido devido ao titulo de um livro de Aldous Huxley, "The Doors of Perception".

Este primeiro disco saiu após o presidente da Elektra Records, Jac Holzman, ter visto uma apresentação do grupo no Whisky a Go Go, em agosto de 1966. 
Apesar do grupo não ter durado muito no local, devido a Morrison ter cantado a polêmica música "The End", que encerra o disco e faz referência ao drama grego "Oedipus Rex", no qual o protagonista Oedipus mata o seu pai e faz sexo com a sua mãe.   

A versão feita por Morrison consistia em:
-"Father?
-Yes son?
-I want to kill you.
-Mother?
-I want to fuck you"

Bastou para serem expulsos do local,kkk.

Faixas:
01- "Break On Through (To the Other Side)"
02- "Soul Kitchen"
03- "The Crystal Ship"
04- "Twentieth Century Fox"
05- "Alabama Song (Whisky Bar)" (Bertolt Brecht, Kurt Weill)
06- "Light My Fire"
07- "Back Door Man" (Willie Dixon)
08- "I Looked at You"
09- "End of the Night"
10- "Take It as It Comes"
11- "The End"

Formação:
Jim Morrison – vocal
Ray Manzarek – Piano, teclado base e backing vocals
Robby Krieger – Guitarra e backing vocals
John Densmore – Bateria e backing vocals em "Alabama Song (Whiskey Bar)"

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Dica de filme - Wild Bill - 2011

Filme inglês do diretor Dexter Fletcher lançado em 2011.

Em liberdade condicional, depois de 8 anos preso, Bill Hayward (Charlie Creed-Miles) retorna ao lar para encontrar seus dois filhos, um de 11 e outro de 15 anos.
Abandonados por sua mãe tiveram que se virar sozinhos enquanto o pai estava preso.
O filho mais velho,Dean (Will Poulter), consegue um emprego e faz de tudo para garantir o melhor, dentro de suas limitações, na criação de seu irmão mais novo, Jimmy (Sammy Williams).
O retorno de Bill faz despertar a atenção do serviço social local.
Com o risco de ser enviado para um abrigo do estado, Dean força seu pai irresponsável a fingir, durante a entrevista com a assistente social, que irá cuidá-los de forma plena e responsável.Pois se há uma coisa que Bill não quer é voltar para a prisão.
Ele relutantemente concorda em ficar por uma semana com Dean e Jimmy para que os assistentes permitam que os garotos permaneçam em casa.
O filme é bem bacana e muita coisa acontece após o retorno de Bill.



ANIMAÇÃO - Au Bout Du Monde - 1998

Animação super bacana e inteligente do diretor Russo Konstantin Bronzit, com aproximadamente 7 minutos de duração. Uma família cercada de animais vive literalmente em equilíbrio em uma pequena casa no alto de um cume.

Também conhecida como "At the Ends of the Earth"  levou mais de 15 prêmios desde 1999, em diversas categorias e em vários festivais pelo mundo.

Se não me engano, esse curta foi exibido por aqui no Anima Mundi de 2008. 

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

CURTA - A DITADURA DA ESPECULAÇÃO - 2012

O curta de 2012 dirigido por Zé Furtado, com aproximadamente 12 minutos de duração,  mostra o conflito entre uma construtora e os moradores de uma região situada no bairro noroeste de Brasilia, e pra variar a violência foi usada, mais uma vez, em cima de um grupo de indígenas.
Fico cada dia com mais vergonha de viver em um país em que os interesses econômicos ultrapassam qualquer limite da dignidade e respeito ao próximo, onde o valor do cifrão é mais importante que a integridade do ser humano. Onde os direitos individuais e coletivos são apenas linhas fictícias dentro de uma constituição hipócrita.
Como diz , e muito bem, o rapper Gabriel O Pensador, até quando iremos levar porrada? Até quando seremos um saco de pancadas?

Qual a vantagem do país estar situado entre as oito maiores economias do mundo com um Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) comparado a regiões da África?

Crescimento econômico sem desenvolvimento humano é o mesmo que enxugar gelo.

Curtas como esse servem, e muito, para mostrar como vivemos em um Brasil doente, um país que não garante o direito à terra a seus verdadeiros donos.
Como disse Renato Russo, em Índios - "Nos deram espelhos e vimos um mundo doente". 
O mais triste de tudo isso é que estamos em pleno século XXI e o reflexo do espelho, só que hoje já envelhecido, continua ainda mais doente que em 1500.

“O curta metragem, que não recebeu qualquer tipo de patrocínio, mostra as tentativas de impedir que as máquinas derrubassem a vegetação local para construção dos edifícios, cujo metro quadrado, o mais caro da capital, pode chegar a R$ 25 mil. Além disso o documentário também mostra diversos confrontos entre índios, manifestantes, polícia militar e seguranças da administradora Terracap, que além de ser a estatal que administra as terras públicas do Distrito Federal, curiosamente também é uma das patrocinadoras do festival de Brasília do cinema brasileiro, onde o curta ganhou o prêmio de Júri popular. O filme retrata exatamente este movimento de resistência ao avanço das construções desse novo bairro em Brasília, que tenta retirar do local um antigo santuário indígena e uma comunidade indígena que habita a área.

A causa relatada no curta comoveu a platéia que ao fim da exibição, pela primeira vez desde o início da mostra competitiva do Festival de Brasília 2012, aplaudiu um filme em pé.

A Ditadura da Especulação é dirigida por Zé Furtado que “é um voluntário do Centro de Mídia Independente, uma locutora de radio livre, uma trabalhadora que paga 4 ônibus lotados por dia na Samambaia, um cineasta sem cinema onde passar seu filme, é uma sem terra em Planaltina, um desempregado na Estrutural, Catraqueiro no Paranoá, Honestino na UnB, uma Feminista nas ruas da cidade. Zé Furtada é o zapatista sub-comandante Marcos, suas representações e maiorias sociais. Maiorias, sim! Minoria é o 1% dono dos meios de produção e do poder institucional. Somos mais!”.

Na verdade o filme é de um coletivo de cineastas responsáveis pela obra, e tem o objetivo de ser uma ferramenta politica que se desdobra em ações práticas.”