Documentário da diretora Isa Grinspum Ferraz, lançado em 2012, que descreve a trajetória de luta e resistência de Carlos Marighella inimigo número 1 da ditadura militar brasileira, fundador da ALN e autor do "Manual do Guerrilheiro Urbano".
Diferente do outro doc postado por aqui, do diretor e documentarista Silvio Tendler, o material possui imagens melhores mas com a mesma riqueza de informações e detalhes sobre a raça desse homem em prol da liberdade de seu povo.
O filme é narrado em diversos momentos pela própria sobrinha e diretora do doc, Isa Grinspum Ferraz, além de depoimentos do filho, esposa e companheiros de luta do revolucionário.
Considero extremamente importante a divulgação desse tipo de material para que a nova geração não esqueça a barbaridade ocorrida em nosso país durante a época de chumbo e que lutem para que a Comissão Nacional da Verdade apure os culpados pelos diversos atos de tortura e morte de inúmeros jovens estudantes, profissionais liberais e outros inocentes vítimas dessa barbárie.
As famílias que não puderam ao menos enterrar seus entes queridos, pois muitos sumiram, querem apenas saber a verdade e apresentar os culpados, não por vingança, mas por justiça.
Após 1 ano de existência a Comissão Nacional da Verdade exibirá no dia 21 de maio (terça), ao vivo, às 10h, durante evento aberto público, no auditório Gepes do CCBB de Brasília, um balanço de suas atividades.
"De acordo com dados revisados pela equipe da CNV, 268 depoimentos (de vítimas, testemunhas e agentes da repressão da ditadura civil-militar de 64-85) foram tomados pela CNV neste primeiro ano de atividades.
207 vítimas e testemunhas de graves violações de direitos humanos cometidas no período de análise da CNV (1946-1988) foram ouvidas por membros e assessores da Comissão. Desses depoimentos, 59 foram tomados em entrevistas reservadas e 148 durante audiências públicas realizadas pela CNV nas cinco regiões do Brasil.
Até o momento a Comissão Nacional da Verdade já realizou 15 audiências públicas e uma tomada pública de depoimentos de agentes da repressão, onde foram ouvidos Marival Chaves e Carlos Brilhante Ustra. Outras 35 pessoas que estiveram diretamente envolvidas ou que conheceram as práticas usadas pelo regime para violar direitos humanos foram ouvidas em audiências privadas. Dessas, 13 depuseram sob convocação.
A participação da sociedade também tem sido importante para ajudar a impulsionar os trabalhos da CNV. Desde sua instalação, a Ouvidoria, principal canal de interação com a sociedade, contabilizou o recebimento de mais de 101 pedidos de investigação, 71 contribuições de material, e um total de 843 registros. A CNV também já firmou 18 acordos com instituições da sociedade civil e comissões estaduais da verdade." - FONTE: http://www.cnv.gov.br/index.php