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segunda-feira, 23 de abril de 2012

A arte de Koren Shadmi

  The Progressive - Sexual abuse of women is the status quo on the indian reservations.

Koren Shadmi nasceu em Israel, onde a partir de sua adolescência, trabalhou como ilustrador e caricaturista para várias revistas - ESPN Magazine, Random House, BusinessWeek, The New York Times....Suas ilustrações e quadrinhos foram publicados na França, Itália, Espanha, Israel e Estados Unidos.Teve seu primeiro romance gráfico lançado aos 17 anos.Foi ilustrador e designer da Força de Defesa de Israel. Após a conclusão de seu serviço foi estudar em Nova York, na School of Visual Arts , onde adquiriu seu diploma de bacharel. O primeiro livro em inglês de Koren Shadmi, In the Flesh, foi publicado pela Random House, em 2009. No mesmo ano seus trabalhos foram selecionados para participar de uma antologia com os melhores quadrinhos americanos - the Best American Comics 2009 anthology - editada por Charles Burns. Em 2011, foi premiado com a medalha de ouro pela Society of Illustrators, no 53rd Annual Illustrator, com o projeto “Ebb & Flow”.

















“Ebb & Flow”
















The Progressive - 9/11 conspiracies













Village Voice - College competition.















The Progressive - Immigration issues tearing up families.












 Billboard Magazine - Arena music in China

















Paste Magazine


















Random House - Cover for Graphic Novel 'In the Flesh'



Dica de Filme - Reino animal - 2010

 
Animal Kingdom é a história de um jovem que vive em uma família conturbada, cheia de problemas com a justiça e num clima extremamente explosivo. Um detetive decide lutar com todas as forças para tirá-lo desse ambiente e salvá-lo de um futuro sombrio. O filme é o primeiro longa-metragem dirigido e escrito pelo cineasta australiano David Michôd e de cara foi vencedor do Grande Prêmio do Júri no Festival de Sundance em 2010. 

A história do filme é centrada em “J” (James Fresheville), um rapaz de dezessete anos que presencia a morte de sua mãe por overdose de heroína. Após os paramédicos levarem o corpo e ele responder algumas perguntas à polícia (a quem mente ser maior de dezoito anos), “J” fica desnorteado sobre o que fazer dali para a frente. O jovem liga para sua avó, Janine (Jacki Weaver), com quem ele e sua mãe não tinham contato há anos, e pede auxílio com os trâmites funerários.

Sem ter para onde ir, ele vai morar com avó e seus tios, e descobre que toda a família é uma quadrilha de criminosos, envolvidos com assaltos e drogas. Seu tio mais velho, Pope (Ben Mendelsohn), encontra-se foragido da polícia, mas visita secretamente a família.
A aparente estabilidade da família é destruída quando os policiais assassinam Barry (Joel Edgerton), o mais sensato dos tios. De volta ao lar,  Pope – que aos poucos se revela um psicopata frio e calculista – arma um plano de vingança para matar policiais aleatórios, o que acaba enfurecendo ainda mais os homens da lei. É quando surge o Detetive Leckie (Guy Pearce), que vê em “J” o elo fraco da família para se chegar à comprovação da autoria dos crimes.

Já a trilha sonora é um capitulo à parte. O filme foi produzido com um custo baixíssimo.

Confesso que pirei com esse trabalho do diretor David Michôd. Bem bacana.

DOC - Preto contra Branco - 2005

Uma tradição de quase 32 anos e praticamente desconhecida na capital paulista é o ponto de partida do documentário Preto contra Branco, que discute o preconceito racial no Brasil usando como referência uma partida tradicional de futebol de várzea com moradores de dois bairros de São Paulo. Detalhe: é um jogo de pretos contra brancos.

Desde 1972, um grupo de moradores do bairro de São João Clímaco e da favela de Heliópolis, na zona sul da capital, organizam um jogo de futebol de brancos contra pretos em um campo de várzea, no final de semana que antecede ao Natal.

Em uma comunidade altamente miscigenada, composta basicamente por mulatos, a peculiaridade da partida é a auto-atribuição da raça pelo participante. Cada jogador se declara negro ou branco e “escolhe seu time”. O documentário também investiga a disputa espacial e as noções de prioridade numa comunidade carente.

Direção: Wagner Morales
Duração: 56 min


Download 

CD do dia - The Black Crowes - The Southern Harmony and Musical Companion - 1992

Este é o segundo álbum da banda e lançado em 12 de maio de 1992. Foi o primeiro registro com o novo guitarrista, Marc Ford, que substituiu Jeff Cease, demitido um ano antes das gravações. Esse trabalho agrega vários sucessos como "Remedy", "Thorn in My Pride", "Sting Me" e "Hotel Illness".O álbum atingiu o primeiro lugar na parada de álbuns da Billboard 200, impulsionado pelo sucesso desses singles. Em 2006, o álbum foi classificado entre os 100 álbuns de guitarra de todos os tempos, pela revista Guitar World. Som extremamente HONESTO.

Faixas

1- Sting Me 
2- Remedy 
3- Thorn In My Pride 
4- Bad Luck Blue Eyes Goodbye 
5- Sometimes Salvation 
6- Hotel Illness 
7- Black Moon Creeping 
8- No Speak, No Slave 
9- My Morning Song 
10- Time Will Tell 

Formação

Chris Robinson – vocals 
Rich Robinson – guitar 
Marc Ford – guitar 
Johnny Colt – bass guitar 
Steve Gorman – drums 
Eddie Harsch – keyboards 

Porno Política - Paixões e taras na vida brasileira - Arnaldo Jabor



Neste livro, Arnaldo Jabor apresenta uma coletânea de crônicas em que temas públicos misturam-se ao universo de nossas fixações interiores. Política, sexualidade, miséria, arte, memória, medo - ao usar o cotidiano como matéria-prima de seus textos, Jabor associa fato e ficção mostrando paixões e taras que talvez preferíssemos ocultar. Com seu texto brilhante, irônico, ácido e direto conduz o leitor a assuntos bizarros de nossa política, com passagens até bem engraçadas. 
Uma crônica que adorei é a "Estamos todos no inferno", na página 43 do livro, e que posto abaixo pra vocês.

 "Estamos todos no inferno"

'Você é do PCC?"

- Mais que isso, eu sou um sinal de novos tempos.
Eu era pobre e invisível... vocês nunca me olharam durante décadas... E antigamente era mole resolver o problema da miséria... O diagnóstico era óbvio:
migração rural, definível de renda, poucas favelas, ralas periferias...
A solução é que nunca vinha... 

Que fizeram? 
Nada.
O governo federal  alguma vez alocou uma verba para nós? 

Nós só aparecíamos nos desabamentos no morro ou nas músicas românticas sobre a "beleza dos morros ao amanhecer", essas coisas...
Agora, estamos ricos com a multinacional do pó.
E vocês estão morrendo de medo... Nós somos o início tardio de vossa consciência social... Viu?
Sou culto... Leio Dante na prisão...


- Mas... a solução seria...


- Solução? 


- Não há mais solução, cara...A própria idéia de "solução" já é um erro. 
Já olhou o tamanho das 560 favelas do Rio?
Já andou de helicóptero por cima da periferia de São Paulo? 

Solução como? 
Só viria com muitos bilhões de dólares gastos organizadamente, com um governante de alto nível, uma imensa vontade política, crescimento econômico, revolução na educação, urbanização geral; e tudo teria de ser sob a batuta quase que de uma "tirania esclarecida", que pulasse por cima da paralisia burocrática secular, que passasse por cima do Legislativo cúmplice (Ou você acha que os 287 sanguessugas vão agir? Se bobear, vão roubar até o PCC...) e do Judiciário, que impede punições. Teria de haver uma reforma radical do processo penal do país, teria de haver comunicação e inteligência entre polícias municipais, estaduais e federais (nós fazemos até conference calls entre presídios...)
E tudo isso custaria bilhões de dólares e implicaria numa mudança psicossocial profunda na estrutura política do país. Ou seja: é impossível. Não há solução.


- Você não têm medo de morrer?


- Vocês é que têm medo de morrer, eu não. Aliás, aqui na cadeia vocês não podem entrar e me matar... mas eu posso mandar matar vocês lá  fora.... Nós somos homens-bomba. Na favela tem cem mil homens-bomba... Estamos no centro do Insolúvel, mesmo... Vocês no bem e eu no mal e, no meio, a fronteira da morte, a única fronteira.
Já somos uma outra espécie, já somos outros bichos, diferentes de vocês. A morte para vocês é um drama cristão numa cama, no ataque do coração...
A morte para nós é o presunto diário, desovado numa vala... Vocês intelectuais não falavam em luta de classes, em "seja marginal, seja herói"? Pois é: chegamos, somos nós! Ha, ha... Vocês nunca esperavam esses guerreiros do pó, né? Eu sou inteligente. Eu leio, li 3.000 livros e leio Dante...mas meus soldados todos são estranhas anomalias do desenvolvimento torto desse país.
Não há mais proletários, ou infelizes ou explorados. Há uma terceira coisa crescendo aí fora, cultivado na lama, se educando no absoluto analfabetismo, se diplomando nas cadeias, como um monstro Alien escondido nas brechas da cidade.
Já surgiu uma nova linguagem. Vocês não ouvem as gravações feitas "com autorização da Justiça"? Pois é. É outra língua. Estamos diante de uma espécie de
pós-miséria. Isso. A pós-miséria gera uma nova cultura assassina, ajudada pela tecnologia, satélites, celulares, internet, armas modernas. É a merda com chips, com megabytes. Meus comandados são uma mutação da espécie social, são fungos de um grande erro sujo. 


- O que mudou nas periferias?


- Grana. A gente hoje tem. Você acha que quem tem US$40 milhões como o Beira-Mar não manda?
Com 40 milhões a prisão é um hotel, um escritório...
Qual a polícia que vai queimar essa mina de ouro, tá ligado? 

Nós somos uma empresa moderna, rica. Se funcionário vacila, é despedido e jogado no "microondas"... ha, ha... 
Vocês são o Estado quebrado, dominado por incompetentes.
Nós temos métodos ágeis de gestão. 

Vocês são lentos e burocráticos. 
Nós lutamos em terreno próprio.
Vocês, em terra estranha. 

Nós não tememos a morte.
Vocês morrem de medo. 

Nós somos bem armados.
Vocês vão de três-oitão. 

Nós estamos no ataque.
Vocês, na defesa. Vocês têm mania de humanismo.
Nós somos cruéis, sem piedade. 

Vocês nos transformam em superstars do crime. 
Nós fazemos vocês de palhaços.
Nós somos ajudados pela população das favelas, por medo ou por amor. 

Vocês são odiados. Vocês são regionais, provincianos. 
Nossas armas e produto vêm de fora, somos globais.
Nós não esquecemos de vocês, são nossos fregueses.
 Vocês nos esquecem assim que passa o surto de violência.


- Mas o que devemos fazer?


- Vou dar um toque, mesmo contra mim.
Peguem os barões do pó! Tem deputado, senador, tem generais, tem até ex-presidentes do Paraguai nas paradas de cocaína e armas. Mas quem vai fazer isso? O Exército? Com que grana?
Não tem dinheiro nem para o rancho dos recrutas...
O país está quebrado, sustentando um Estado morto a juros de 20% ao ano, e o Lula ainda aumenta os gastos públicos, empregando 40 mil picaretas. O Exército vai lutar contra o PCC e o CV? Estou lendo o Klausewitz, "Sobre a guerra". Não há perspectiva de êxito... Nós somos formigas devoradoras, escondidas nas brechas... A gente já tem até foguete antitanques... Se bobear, vão rolar uns Stingers aí...Pra acabar com a gente, só jogando bomba atômica nas favelas... Aliás, a gente acaba arranjando também "umazinha", daquelas bombas sujas mesmo.....
Já pensou? Ipanema radioativa?


--- Mas... não haveria solução?


- Vocês só podem chegar a algum sucesso se desistirem de defender a "normalidade". Não há mais normalidade alguma. Vocês precisam fazer  uma autocrítica da própria incompetência. Mas vou ser franco... na boa...na moral... Estamos todos no centro do Insolúvel. Só que nós vivemos dele e vocês... não têm saída. Só a merda. E nós já trabalhamos dentro dela.
Olha aqui, mano, não há solução. Sabem por quê?
Porque vocês não entendem nem a extensão do problema. 

Como escreveu o divino Dante:
"Lasciate ogna speranza voi che entrate!"
Percam todas as esperanças.
 

Estamos todos no inferno.

Arnaldo Jabor 

Estante Virtual

Radiohead - The Most Gigantic Lying Mouth of all Time - 2004

The Most Gigantic Lying Mouth of All Time, reúne animações, curta-metragens e, claro, algumas músicas. Todo o material tem cerca de duas horas de duração e foi levado ao ar pela radiohead.tv, transmitida pela Internet e criada para divulgar o álbum “Hail To The Thief”.  No download o dvd está dividido em dois cds .

Episode One

1. The Cat Girl (Ebba Erikzon)
2. The Slave (James Field)
3. When An Angel Tries to Sell You Something [1] (Rick Hind and Ajit N. Rao)
4. Skyscape (Vernie Yeung)
5. Sit down. Stand up. (Ed Holdsworth)


Episode Two

1. Lament (Cath Elliot)
2. The Big Switch (Chris Levitus)
3. The Scream (Paulo Neves)
4. Inside of My Head (Ashley Dean)
5. De Tripas Y Corazon (Juan Pablo Etcheverry)


Episode Three

1. Listen To Me Wandsworth Road (Ebba Erikzon)
2. Hypnogoga (Louise Wilde)
3. and murders of crows (Paul Rains)
4. Freak Juice Commercial (Rick Hind and Ajit N. Rao)
5. Running (Hannah Wise)
6. Push Pulk / Spinning Plates (Johnny Hardstaff)


Episode Four

1. Dog InI Might Be Wrong (Sophie Muller)
2. HYTTE (Gary Carpenter)
3. Momenum (Camella Kirk)
4. Chickenbomb (Vernie Yeung)
5. Welcome to My Lupine Hell (Ashley Dean)
6. The Homeland Hodown (Jason Archer and Paul Beck)
7. I Might Be Wrong (Sophie Muller)
8. The National Anthem (Mike Mills)

Algumas partes do DVD