O documentário dirigido por Pedro Cezar conta um pouco da vida desse maravilhoso escritor e poeta Matogrossense, de Cuiabá, Manoel de Barros.
O poeta é um escritor extremamente simples em seus temas, fala do mato, dos animais, dos matutos da roça, da inocência das crianças, do povo simples que pisa na terra, do cheiro da chuva.
Influência de sua infância, em que passou no sitio do pai, no Pantanal.
Influência de sua infância, em que passou no sitio do pai, no Pantanal.
Quando ouvi falar sobre o poeta, e tive o prazer de ler um de seus livros, assim que terminei, me bateu uma vontade de conhecê-lo e correr para abraçá-lo, sabe aquele abraço de avô? Então, esse mesmo.
A poesia de Manoel é contagiante, envolvente e fraternal. O velhinho aparenta ser um doce de pessoa, com um sorriso que exala bondade.
Manoel encanta, utiliza as palavras com maestria mas longe da arrogância, distante da soberba. O doc conta com vários depoimentos dos apaixonados por sua obra.
O titulo do doc vem de uma expressão do próprio poeta, em que diz - “noventa por cento é invenção; só dez por cento é mentira” e “A invenção é um negócio profundo. Serve para aumentar o mundo”.
Só dez por cento é mentira levou o prêmio de melhor documentário do II Festival de Paulínia (2009) e os prêmios de melhor direção de longa-metragem documentário e melhor filme documentário do V Fest Cine Goiânia 2009.
“Não aguento ser apenas um sujeito que abre portas, que puxa válvulas, que olha o relógio, que compra pão às 6 horas da tarde...”
“A maior riqueza do homem é a sua incompletude. Nesse ponto sou abastado. Palavras que me aceitam como sou - eu não aceito”
“Poesia não é para descrever, é para descobrir,para incorporar”
“ A palavra amor anda vazia, não tem gente dentro dela”