Denso e belíssimo filme do diretor Helvécio Ratton produzido em 2006 e lançado em 2007, baseado no livro homônimo de Frei Beto, vencedor do prêmio Jabuti, que retrata a época de chumbo do regime militar brasileiro e a participação da igreja na resistência.
Na cidade de São Paulo, no final da década de 1960, o convento dos frades dominicanos torna-se uma das mais fortes resistências à ditadura militar vigente no Brasil.
Movidos por ideais cristãos, os frades "Tito", "Betto", "Oswaldo", "Fernando" e "Ivo", passam a apoiar logística e politicamente o grupo guerrilheiro Ação Libertadora Nacional, comandado à época por Carlos Marighella.
O grupo dissocia-se após uma conversa entre Frei Diogo e seus frades, de onde se conclui a necessidade de dispersão do grupo a partir de então.
Frei Ivo e Frei Fernando partem para o Rio de Janeiro, onde são surpreendidos e torturados por oficiais brasileiros que, acusando-os de traidores da igreja e traidores da pátria, perguntam por informações sobre o local de reunião do grupo para a posterior captura e execução de seu líder, Carlos Marighella.
Após sofrerem tortura, os frades informam aos policiais o horário e o local de reunião do grupo, onde Marighella costumava receber recursos oriundos dos frades. Marighella foi então surpreendido e executado por policiais do DOPS paulista, sob o comando do delegado Sérgio Paranhos Fleury.
Frei Betto, refugia-se no interior do Rio Grande do Sul onde é encontrado, preso, e une-se ao restante do grupo no presídio de Tiradentes, em São Paulo, em 1971. Os frades são posteriormente julgados e sentenciados a quatro anos de reclusão em regime fechado.
A única exceção é Frei Tito, que é libertado em troca do embaixador suiço Ehrefried von Holleben, juntamente com outros presos políticos, em 11 de junho de 1970, e se exila na França. Frei Tito não consegue superar as sequelas psicológicas sofridas após ser preso e torturado e acaba suicidando-se.
muito bom
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